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domingo, 26 de junho de 2016

NATUREZA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL E SUAS ATUAÇÕES ATRAVÉS DOS TEMPOS...

 



 



Os movimentos sociais surgem de necessidades humanas não atendidas: terra, moradia, saúde, educação, respeito, cidadania. Todos eles lutam pela dignidade dos seres humanos, considerados, estes, nas suas diferenças, que são definidas por características étnicas, culturais, físicas, de comportamentos, de costumes, de escolhas, de participação na produção de bens. Lutam para que todos tenham liberdade de viver e de agir. Suas determinações, metas e ações assinalam que a liberdade buscada se constrói nas relações entre indivíduos, grupos e classe sociais, no interior da sociedade que os classifica conforme critérios e interesses ditados pelos que  detêm o poder de governar. Na luta vão tomando mais clara a consciência da realidade em que vivem. Dizendo de outra forma, com suas ações explicitam sua situação na sociedade, e esta com suas respostas indica o lugar que lhes reserva, como os situa. Assim, os índios reivindicam a posse das terras que tiveram usurpadas; os descendentes de africanos combatem o racismo e exigem reconhecimentos da decisiva participação dos seus antepassados escravizados e da sua própria na construção da nação brasileira; os camponeses destituídos de suas terras e os sem-teto nas zonas urbanas fazem propostas e exigências; os homossexuais exigem reconhecimento às suas escolhas sexuais; todos afirmam a importância de serem respeitados enquanto seres humanos, que reivindicam direito a uma cidadania negada. Diante das ações dos movimentos sociais, a sociedade reage, deixando, quase sempre mais evidente o lugar que destina aos por eles defendidos: à margem, fora do alcance dos direitos civis. A sociedade reconhece que são diferentes do que ela elegeu considerar humano, correto, bom e designa-lhes, numa atitude discriminatória, como povo, marginalizados, negros, pobres, primitivos, incapazes, doentes, portadores de desvios de comportamentos. Faz-lhes concessões, restrições, julgando na maior parte das oportunidades suas ações como inconvenientes.A sociedade os exclui, os vê como estranhos, os humilha, ultraja e, desta forma, os impede de usufruir plenamente de seus direitos de cidadãos. A exclusão que a sociedade faz dos grupos considerados minoritários, embora até mesmo sejam maioria numérica — é o caso, por  exemplo, das mulheres que compõem mais de 50% da população brasileira e dos pretos e pardos que constituem em torno de 60% desta população — aproxima os movimentos sociais em sua luta, embora o motivo primeiro de cada um difira. Fundamentalmente todos tem em mira justiça, equidade, respeito.


O primeiro passo, portanto, é conhecer os instrumentos jurídicos existentes.

 
A legislação é responsável por regular as relações, as instituições e os processos sociais. Por meio dela são assegurados direitos individuais e coletivos, perante o Estado, aos demais indivíduos e instituições. Todavia, a legislação, seja constitucional ou infraconstitucional, não é capaz de sozinha mudar o cenário de desigualdade e discriminação, mas constitui o marco inicial para as estratégias políticas de enfrentamento e superação das desigualdades , por meio da materialização ou concretização desses direitos. Fonte: Algumas noções do Texto de Ana Cristina Barreto -


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